Qualidade de vida do idoso, oferta de mão de obra no mercado de trabalho e produtividade são tema do 2º Congresso Nacional dos Hospitais Privados
Palestrantes da França, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e do Japão, membros da Federação Internacional de Hospitais (International Hospital Federation – IHF) discutem a necessidade de buscar alternativas para lidar com o número cada vez maior de idosos, no 2º Congresso Nacional dos Hospitais Privados – Conahp, que é realizado nessa semana, em São Paulo.
Organizado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), em cooperação com a Hospitalar Feira e Fórum, o evento tem como tema central ‘O Envelhecimento Populacional e as Repercussões na Atividade Hospitalar e na Gestão da Assistência’. Isso porque o número de pessoas “muito idosas” está crescendo. Em 1970, para cada idoso tínhamos oito pessoas em idade economicamente ativa no Brasil. Em 2020, essa proporção será de dois jovens para cada idoso.
Essa mudança demográfica já está provocando profundos impactos previdenciários, no mercado de trabalho e para os sistemas de saúde no mundo.
Uma pesquisa de 2012 sobre as Condições de Vida da População Brasileira, realizada pelo IBGE, mostra que um grande número de idosos volta ao mercado de trabalho após a aposentadoria, a maioria (71,7%) com mais de 60 anos ingressa no mercado informal – como indica a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais. Esse retorno pode ocorrer por necessidade de complementação da renda, que é reduzida após a aposentadoria, ou ainda pela necessidade de “voltar à ativa”, de manter um ritmo mais acelerado de vida que de ao idoso motivos para se sentir útil e ativamente integrado ao meio em que vive.
“A expectativa de vida que em 1910 era de 34 anos, atualmente chega aos 73,4. Hoje, a pessoas acima dos 60 anos totalizam 22 milhões, em 2030 a previsão é de termos 41 milhões de idosos. Novos modelos de atenção ao idoso e a própria organização do sistema de saúde precisarão ser reformados hoje para que a boa notícia da ‘vida longa’ não se transforme em um problema à sociedade”, afirma Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Anahp.
Além de debater o envelhecimento e as repercussões nos gastos com a saúde, o Conahp também coloca em pauta temas relacionados à qualidade de vida do idoso, à oferta de mão de obra no mercado de trabalho, à produtividade, e aos níveis de poupança e consumo.
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