A editora-chefe estaria disposta a rever os padrões de beleza da revista para poder expor a imagem da criadora e protagonista da série
Com a intenção de atrair leitoras mais jovens, a Vogue norte-americana planeja colocar a talentosa Lena Dunham (27), criadora e protagonista da série Girls, da HBO, como capa de uma próxima edição.
O seriado retrata a vida de quatro garotas de vinte e poucos anos que moram em Nova York e, por isso, fala diretamente com jovens. Como protagonista e roteirista do seriado, Lena atrai para si a atenção desse público que se identifica com ela e com tudo o que ela representa.
Ao que tudo indica, é isso o que justifica a movimentação para que a atriz ilustre a capa de uma das edições da publicação, uma vez que ela está fora dos padrões de belezas impostos, inclusive, pela própria Vogue, que são modelos magérrimas e altas.
Há informações de que a editora-chefe da Vogue America, Anna Wintour, estaria disposta a rever os padrões de beleza da revista para poder usar a imagem da atriz, que simboliza garotas e mulheres reais.
Se essa proposta se confirmar, pode mudar os rumos do mundo da moda e da referência de beleza, já que a Vogue chega a ditar as tendências para as publicações concorrentes, como a francesa Elle, a Harper’s Bazaar, a Mirabella e a Women’s Wear Daily.
Mão de ferro
Anna Wintour (64) é a atual editora-chefe da edição norte-americana da revista Vogue, a mais conceituada e importante publicação de moda do mundo e um dos seus maiores ícones.
Wintour é conhecida pelo seu temperamento gélido e autoritário (o livro O Diabo Veste Prada foi escrito em 2003 por Lauren Weisberger, uma
ex-assistente), mas também é reconhecida pela sua criatividade, boa disposição para o trabalho e sagacidade para descobrir novos talentos da moda e percepção de tendências.
Ao assumir a Vogue americana, em 1988, ela fez alterações e substituições significativas na redação e mudou o foco da revista, com a proposta de sofisticar ainda mais o material editorial.
Defensora de que as capas encantam e alavancam vendagem, Wintour optou pelo rejuvenescimento, trocando as fotos em close de estúdio por fotos de corpo inteiro em luz natural. Exibindo modelos de corpo e cabelos molhados à luz do dia, até sem maquiagem, investindo na geração saúde dos anos 1990, e valorizando o trabalho de maquiadores, cabeleireiros, produtores e fotógrafos.
Ela lançou modelos adolescentes quase desconhecidas (entre elas, nos anos 1990, a brasileira Gisele Bundchen), ao mesmo tempo em que colocava em suas capas personalidades como estrelas de cinema e socialites americanas e europeias e até uma primeira-dama.
Sua característica principal é a detenção do controle total de tudo, e texto e fotografia, passaram a ter sua aprovação pessoal antes de serem publicados.
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