A atriz, modelo e estilista americana Sienna Miller já teria adquirido um anel produzido com o material
A designer americana de jóias, Bibi Van der Velden, está lançando uma coleção toda produzida com dentes de mamute datados de 40 mil anos. Intitulada The Mammoth Collection, a coleção traz peças como brincos, aneis e pulseiras com formatos de dragões, serpentes e sapos.
Segundo o material de divulgação, o dente foi encontrado na Sibéria e combinado a ametistas, diamantes, pérolas. Cada peça custa a partir de £ 450 (cerca de R$ 1.500). Elas são esculpidas por artesãos chineses, de uma pequena aldeia daquele país, o que acentua o apelo genuíno das peças.
A designer explica que a proposta de utilização dos dentes é dar vida eterna ao material. E acrescenta que as peças foram criadas apenas com o interior de cada dente, em razão do desgaste ao longo dos cerca de 40 mil anos – cada uma das peças é acompanhada de um pote de cera especial para preservá-las.
Na lista de clientes-fãs de Van der Velden há nomes como Kanye West (rapper, produtor musical e estilista americano) e Sienna Miller (atriz, modelo e estilista, também americana), esta já, inclusive, teria adquirido um anel de serpente.
Excentricidade e polêmica
A excentricidade da coleção pode também ser motivo de polêmica porque o mamute é um animal extinto. Da Europa ocidental, ele desapareceu há cerca de 10 mil anos, e os seus dentes são encontrados em escavações para pesquisa ou acidentalmente, mas sempre raramente.
Em agosto de 2012, um dente de 34 quilos e 1,20 metros de comprimento foi descoberto num dos estaleiros das obras do metro de Dusseldorf, oeste da Alemanha, a 12 metros de profundidade.
Na ocasião, os trabalhos foram imediatamente interrompidos para permitir que os arqueólogos o retirassem com segurança.
No Vale do Mississipe já foram encontrados dois exemplares pela mesma família – um pelo avô e outro pelo neto de seis anos. Os dois foram levados para o Centro de Arqueologia do Mississipe, mas poderia estar em poder da família, se assim fosse decidido.
No Brasil, a exploração comercial de fósseis é proibida. A arqueóloga Paula Nishida, do Centro de Arqueologia de São Paulo, explica que a nossa legislação determina que tudo o que for encontrado no solo é de propriedade da União e deve ser preservado e utilizado para fins acadêmicos, de pesquisa e exposições.
Mas não existe um tratado internacional para esse tema e cada país trata do assunto à sua maneira.
Tenho que confessar que as peças são maravilhosas!