Campanha #euligo180 incentiva mulheres vítimas da violência a denunciarem

Movimento engajado por famosas gera mobilização nas redes sociais em apoio ao combate à violência contra a mulher

Uma campanha em combate à violência contra a mulher foi lançada essa semana e já está gerando grande mobilização nas redes sociais. Trata-se do movimento #euligo180, que incentiva as mulheres a denunciarem qualquer tipo de violência.

Para aderir à causa basta pintar a unha do dedo indicador de branco, compartilhar na rede social de sua preferência com a hashtag #euligo180. Famosas como Paolla Oliveira, Giovanna Antoneli, Ingrid Guimarães, Pitty e Renata Molinaro também estão apoiando a campanha e já postaram fotos com apenas unha pintada nas redes sociais.

A marca TNG também apoiou a causa. Em seu desfile no Fashion Rio todas as modelos entraram na passarela com a unha do dedo indicador pintado de branco.

De acordo com o anúncio da agência Staff Brasil, idealizadora da campanha, a cada 15 segundos uma mulher sofre violência no Brasil e menos de 4% das vítimas procuram algum tipo de ajuda. “Depois de tantas discussões sobre os casos de violência contra a mulher, queríamos ajudar de alguma maneira. Mas não tínhamos nem dinheiro, nem espaço na mídia. Por isso, resolvemos criar um movimento para divulgar o número de atendimento à mulher que pudesse ser facilmente compartilhado nas redes sociais”, afirma Marcos Siqueira, um dos idealizadores do movimento.

A nova função do número 180

De acordo com uma nota da Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, publicada no site oficial do governo, no mês de março foi implantado o serviço 180.

“Era até agora um serviço apenas prestador de informações em situações de violência: as pessoas que denunciavam, em especial as mulheres, recebiam orientação e elas mesmas tinham de procurar a Segurança Pública ou outro serviço de atendimento. Agora, torna-se um sistema que transmite, ele mesmo, os relatos aos órgãos — já na condição de denúncia. Estes são repassados simultaneamente aos ministérios públicos estaduais. Com isso, as mulheres atingidas pela violência passam a contar com o monitoramento do andamento das apurações. Garante-se dessa maneira que as denúncias, municiadas com informações mais completas, se transformem efetivamente em inquéritos policiais.”

Ainda não há dados informando se o projeto gerou resultado referente ao número de denúncias, porém a divulgação do número já está sendo repercutida por grande parte das mulheres apoiadoras da campanha.

E você? Já está apoiando a causa?

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