Esse mundo globalizado mexe bastante com os nossos sentimentos, não é mesmo!?
Assistimos a todo tipo de atrocidades que ocorrem no mundo e no quintal da nossa casa. As fortes imagens e informações nos chegam o tempo todo.
Há duas semanas, fomos surpreendidos com a chacina no jornal francês Charlie Hebdo, que matou 12 pessoas. A partir daí, uma sequência de atentados, assassinatos e outros crimes de intolerância religiosa ocorridos em países muçulmanos nos aceleram o batimento cardíaco diariamente.
Na Nigéria, 2 mil pessoas foram violentamente assassinadas (isso parece redundante, porque não deve ser possível assassinar sem cometer um ato de violência).
Isso tudo nos coloca frente a frente com o que temos de melhor e de pior em nós.
Os sentimentos e pensamentos ruins põem a nossa vibração no chão, dificultando o raciocínio ponderado e os sentimentos mais nobres.
Continuamos perplexos e indignados, mas, vamos lá! Estamos aqui para aprender que o amor deve prevalecer e que o perdão e a caridade deveriam ser o mote da humanidade; e mesmo que para alguns a vida seja movida pelo ódio, temos que assegurar que para nós a banda toca noutra sintonia.
Passado esse primeiro momento de vigiar pensamentos e sentimentos e vencê-los, nos deparamos com um miserável e asqueroso alívio ao constatarmos que esses crimes ocorrem longe de nós, em terras tão, tão distantes, e pensamos inadvertidamente:
- Não é aqui. São crimes de “intolerância” religiosa e o Brasil é um país laico, onde todas as religiões convivem em harmonia. Graças a Deus!
Egoísta, não é mesmo? Egoísta e falso.
Será mesmo que estamos livres da intolerância cujo ódio é fonte motora?
Eu temo que não. No brasil, as disputas políticas estão ganhando um perfil cada vez mais radical e fundamentalista de intolerância com os pensamentos discordantes. Na militância, o diferente não é aceito. Ao contrário, é rejeitado, desmerecido, escorraçado.
Estamos vivendo um tempo difícil de falta de tudo… de coerência, de inteligência, de amor, de água, de respeito!
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