Aplicação de Fios de ácido polilático é uma técnica introduzida no Brasil em 2013 e já atendeu mais de um mil pacientes
Desenvolver materiais e técnicas para atenuar marcas na face provocadas pelo tempo e sem cirurgia é um dos principais desafios da tecnologia farmacêutica e dos médicos. E nesse campo o material mais atual é o fio de ácido polilático. A técnica é relativamente nova. É utilizada na Europa desde 2008 e foi trazida para o Brasil em 2013. Desde então, mais de mil pacientes adotaram o procedimento para sustentação da face por aqui.
O cirurgião plástico Rogério Ruiz, explica que o procedimento é indicado para pacientes com início de flacidez facial, ou seja, quando a flacidez ainda é leve. “Para os casos mais acentuados a indicação é um processo mais invasivo, a cirurgia”, diz.
Os novos fios absorvíveis de ácido polilático, também chamados de sutura silhouette, sustentam a pele criando um efeito lifting. No procedimento são feitos pequenos orifícios para entrada e saída dos fios, o que não deixam cicatrizes aparentes.
Os fios são colocados em pontos estratégicos para tracionar a pele e levantar bochechas, sobrancelhas e/ou pescoço. Pequenos cones ao longo do fio o seguram no lugar e a presença do ácido polilático estimula a formação do colágeno no local melhorando a flacidez. O resultado é imediato, e o efeito pode durar de 1 ano e meio a 2 anos.
Rejeição
“Na medicina não podemos dizer sempre nem nunca. Mas esse fio é já é usado na em procedimentos médicos, como sutura, próteses de joelho e de quadril e não temos verificado rejeição alérgica”, diz Ruiz.
Ele relata que no último sábado (24), em Congresso Médico de Cirurgia Plástica, realizado em São Paulo, reunindo médicos do Brasil e do mundo, não houve relatos sobre rejeição ao fio de ácido polilático. “O procedimento é realizado por médicos do Brasil todo e de vários países. Vimos que é comum o local ficar roxo, ficar inchado, mas outras complicações seriam erro na aplicação da técnica”, conclui.
Quem pode realizar o procedimento?
O médico explica que o procedimento pode ser realizado no consultório, mas é necessário que haja adequação e assepsia do local para sua realização. “O consultório deve ter uma sala específica para procedimentos de aplicações, e deve ser uma sala com anteparo que a preserve das correntes da rua. Deve ter um local para assepsia do médico, deve estar limpa e organizada”, enfatiza.
Hoje a técnica é aplicada por cirurgiões plásticos e dermatologistas. Perguntado sobre isso, Rogério Ruiz diz que o Conselho Federal de Medicina permite que médicos de qualquer especialidade apliquem técnicas e procedimentos médicos. “Nesse caso (da aplicação do fio por dermatologistas) é melhor que seja por esse especialista, que conhece e está acostumado com a anatomia do rosto”.
O preço do procedimento
Ruiz afirma que só após uma avaliação é possível precificar o tratamento de cada paciente. “O preço é feito por fio utilizado, mas existe variedade de fios: há fios com oito cones, com 12 e com 16 cones, e cada um tem um preço. Só depois de analisar o paciente ou a paciente é que o médico consegue saber quais e quantos fios vai precisar usar”, explica.
O www.mulherreal.com adianta, entretanto, que o procedimento não é barato. Os preços variam muito e o menor preço encontrado é de R$ 1,5 mil por fio, e são necessários pelo menos dois fios no tratamento mais leve.
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