Tomate chegou a subir 93% e a alface bateu alta de 100%
As hortaliças e as frutas sentiram o efeito das festas de fim de ano e os preços ficaram num sobe e desce nos principais mercados atacadistas em dezembro. A alface e o tomate, populares em todas as regiões do país, foram os grandes vilões do orçamento doméstico – o tomate chegou a subir 93% e a alface, grande aliada nas dietas, chegou a bater alta de 100%.
Esses dados constam do 1º boletim Hortigranjeiro da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado nesta quinta-feira (25).
Os preços do tomate ainda não deram sinais de trégua e continuam altos no início de 2018, estando 150% superiores ao mesmo período de 2017. O que obriga o consumidor a buscar alternativas a ele nas saladas e nos molhos das massas.
A batata, muito procurada pelo consumidor no período festivo de dezembro, também consta como item caro nos carrinhos do final do ano. Isso por causa das chuvas localizadas em regiões produtoras que chegaram elevar os preços significativamente. No Rio de Janeiro a subida chegou a 20,5%. Mas o tubérculo registrou queda de 8,7% nos mercados de São Paulo e de 6,36%, em Curitiba/PR.
A Inflação oficial do Brasil fechou o ano de 2017 em 2,95%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da forte alteração e oscilação dos preços, esses itens não são considerados na composição do índice de inflação. O resultado de 2017 foi influenciado principalmente pelo aumento de preços de botijão de gás (16%), planos de saúde (13,53%), creche (13,23%), gás encanado (11,04%), taxa de água e esgoto (10,52%), ensino médio particular (10,36%), energia elétrica residencial (10,35%) e gasolina (10,32%).
Frutas
Quanto às frutas, não houve altas significativas em dezembro e o mamão chegou a ter redução média de preços na maioria dos mercados, principalmente o papaya. A maçã que teve consolidadas pequenas altas de preços, apresentou maior estabilidade em grande parte dos mercados tanto para venda no atacado quanto no varejo.
A calórica banana teve crescimento moderado, ao contrário dos meses anteriores, caso da Ceasa/Minas que teve maior aumento da cotação (36,6%). Já a laranja, parceira da estabilidade intestinal, sofreu pequenas variações nos mercados analisados, mesmo com maior oferta da laranja pêra temporã no varejo e na indústria. No Distrito Federal a elevação de preços foi de 19,4%.
O levantamento é feito mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab, a partir de informações fornecidas espontaneamente pelos grandes mercados atacadistas do país. Com essas informações, o consumidor pode decidir as hortaliças que comporá a sua tabela de alimentação.
Para a análise do comportamento dos preços de dezembro, foram considerados os entrepostos dos estados de SP, MG, RJ, ES, PR, CE, PE, GO e DF.