Grafites espalhados pela cidade de São Paulo que retratam o nu feminino são os novos aliados da Liga do Rosa, movimento lançado pelo A.C.Camargo Cancer Center com foco na conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Com o conceito criado pela agência JWT, a campanha “Tinta contra o câncer”, conta com a participação de artistas do grafite que cederam seus trabalhos para uma intervenção urbana que faz alusão à mastectomia (cirurgia de retirada do seio).
Os artistas colaram sobre as artes um papel tipo lambe-lambe, cria-se o efeito de que um dos seios do desenho foi retirado.
Cada um dos grafites inseridos na ação, situados em trechos de grande circulação e redutos da cultura paulistana como a Praça da República, Rua Luminárias, Avenida Ataliba Leonel, dentre outros, recebem a assinatura “Qualquer mulher pode ser vítima do câncer de mama”, acompanhada de dizeres relativos ao movimento “Outubro Rosa” e da hashtag #LigaDoRosa. Embora seja uma ação de rua, a campanha ganhou força nas redes sociais com a replicação das imagens na web e a disseminação do vídeo-case.
Além de abordar a importância da prevenção e alertar para o diagnóstico precoce da doença, a proposta desta campanha, ao retratar a mastectomia, é mostrar que a retirada do seio está longe de representar a perda da feminilidade e do amor à vida. “Uma cicatriz no mesmo lugar onde antes estava um seio não representa uma derrota e sim a confiança em superar a doença. Toda mulher em tratamento é uma guerreira, pois seu foco é lutar pela vida”, destaca a cirurgiã oncologista e diretora de Mastologia do A.C.Camargo, Maria do Socorro Maciel.
De acordo com o CCO da agência JWT, Ricardo John, o fato de o grafite ser uma arte muito presente na cidade, pode contribuir para conscientizar um grande número de pessoas, além das mulheres. “Por dialogar com todo o tipo de público, a campanha pode atingir também aos adolescentes e aos homens que, no papel de filhos, namorados, pais e maridos, podem ajudar a influenciar na conscientização e prevenção da doença”, destaca. “Fomos ao limite da consequência do problema, que é a imagem da mastectomia, tomando cuidado ao mesmo tempo para não sermos chocantes demais”, justifica John.
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Amanda Pinson
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