Quase um quarto da população brasileira assume ter o hábito de gastar mais do que realmente pode com produtos e cuidados estéticos*
O setor de beleza demonstrou boas expectativas para os negócios durante a 17ª edição da HAIR BRASIL – Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética, realizada entre 14 e 17 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. Um dos conceitos que podem justificar o aquecimento tem base Índice do Batom, indicador criado em 2001 pelo presidente da Estée Lauder, Leonard Lauder, baseado no fenômeno de mercado que mostra as vendas de cosméticos subindo proporcionalmente à queda do poder de compra dos consumidores.
Em janeiro e fevereiro deste ano, o setor obteve um superávit comercial de US$ 9,6 milhões e a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) espera para 2018 superar o crescimento de 2,75% registrado no ano passado.
Em primeiro no ranking das intenções dos consumidores estão os cosméticos (50,7%). Cuidados com cabelo, unha, barba e pelos chegam a 42,3%
Apesar dos desafios da economia brasileira, em vez de os consumidores comprarem um artigo de maior custo, refugiam-se em produtos mais acessível, como batons, esmaltes e outros produtos de beleza, avalia Jeferson Santos, diretor geral da Hair Brasil. “Esse é um fenômeno que atinge especialmente as mulheres, permitindo que elas desfrutem da sensação de bem-estar e administrem com maior facilidade uma possível perda de autoestima. A incerteza financeira não impede a mulher de investir em pequenos prazeres como cuidar semanalmente das unhas, cabelos ou comprar um novo cosmético”, analisa.
Atualmente, o Brasil é o quarto maior consumidor de produtos de beleza e higiene pessoal em todo mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Japão e China. No ano passado, o segmento de Beleza e Bem-Estar ocupou a terceira posição entre as maiores franquias em 2017, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising), permanecendo atrás apenas do setor de alimentação e serviços educacionais.
O pulo de 12% para 16% em relação ao ano anterior revela o quanto a estética é importante para as mulheres e mostra que os homens também estão aderindo cada vez mais aos tratamentos de beleza. De acordo com o Sebrae, cerca de 70% dos brasileiros afirmam que os gastos com beleza são uma necessidade.
Mais vendidos na internet
O e-commerce brasileiro deverá faturar R$ 77,5 bilhões em 2018, um aumento de 20,9% em relação ao ano passado, que fechou arrecadando R$ 64,1 bilhões. De acordo com a empresa E-Consulting, as cifras superam as expectativas da consultoria, que há 14 anos elabora a apuração dos dados.
Segundo a consultoria, a previsão é que os itens de beleza e saúde sejam os mais comprados do período, tendo chances de alcançar um volume de pedidos que representaria, aproximadamente, 22% do montante previsto de transações no e-commerce. Moda e acessórios vem em segundo lugar com um volume de 18%.
*Dados de acordo com levantamentos feitos pelo Serviço de Proteção ao Crédito em conjunto com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
Com Informações Comunicação Hair Brasil