“Independente do aspecto físico de uma pessoa, para sentir prazer você tem que se dar valor e ser feliz com o próprio corpo”, afirma a sexóloga
As mulheres, em geral, se sentem complexadas na hora H por possuírem celulites, estrias e gordurinhas. Esse fator estético, muitas vezes, inibe o apetite sexual delas. Porém, não é preciso ter um corpo esculpido para sentir prazer durante a transa. Uma pesquisa realizada pela socióloga Jeannine Gailey, da Texas Christian Universtity, aponta que as gordinhas que aceitam o próprio corpo têm uma vida sexual melhor.
De acordo com Maria Claudia Lordello, sexóloga da Unifesp, é comum entre as mulheres criar paranoias que bloqueiam o prazer. Essa baixa autoestima está ligada diretamente ao psicológico delas. “Independente do aspecto físico de uma pessoa, para sentir prazer você tem que se dar valor e ser feliz com o próprio corpo. A cobrança pela estética é social e não pessoal”.
A pesquisa, que foi divulgada no site norte-americano de ciênciaLiveScience, abordou 36 mulheres de 98 a 227 quilos. Do total, 26 mulheres (72%) afirmam que a partir do momento que aprendem a lidar com peso e valorizar as próprias curvas o relacionamento “esquenta”. Sete mostram descontentamento com o peso e isso muitas vezes resulta na abstinência sexual. Já as outras três restantes dizem que o sobrepeso nunca atrapalhou o desempenho sexual.
“Passar da vergonha à aceitação pode encorajar as mulheres a ir além da tentativa de mudar seus corpos, mas também focar na satisfação tanto nas relações com os parceiros quanto consigo mesmas, apesar do imenso estigma social sobre a gordura”, conclui a socióloga na pesquisa.
A sexóloga tem a mesma opinião. Maria Claudia ressalta que os parceiros não reparam nas imperfeições do corpo. “Na hora H vale tudo, porque nesse momento o homem esquece da celulite e da gordurinha. O que importa mesmo é a sintonia do casal”, conclui.
Para a advogada Elaine Cristina D’Elia, a aceitação é mais fácil quando o companheiro valoriza a mulher do jeito que ela é, independente da forma física. “Acho que, na verdade, se nos valorizamos e estamos com uma pessoa que também o faz, e no olhar do parceiro enxergamos admiração e respeito, o resto fica delicioso”, afirma.
No Brasil não há números concretos referentes especificamente a esse tema, porém, uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Data Popular com 15 mil brasileiras revela que essas mulheres preferem um corpo mais curvilíneo a um corpo magro.
Por meio de fotos só do corpo das personalidades Juliana Paes, Gisele Bündchen e Geisy Arruda, as participantes escolheram quais eram as medidas mais atraentes. Com 59%, o corpo mais votado foi o de Geisy Arruda, que apresentava mais curvas.